top of page

Chamado Geral e Chamado Específico

Por Eduardo Feldberg - Maio/2011

É comum vermos jovens, adultos e até crianças pensando sobre seu futuro ministerial, onde servirão, em que área trabalharão, e percebo que, com freqüência, um grave erro ocorre quando ainda não temos convicção do que é um Chamado (ou Ministério), e como nos encaixamos nele. Neste artigo, falarei brevemente sobre os “chamados” de um servo de Deus, e discorrerei sobre este erro infelizmente comum entre os cristãos, e que infectou inclusive a mim por algum tempo, até que entendesse melhor esse assunto, meditando na Palavra de Deus.

 

Como o título deste artigo sugere, entendo que um cristão tem na verdade dois chamados ou ministérios. Um é o que considero Chamado Geral, e o outro, chamo de Chamado Específico, mas antes de defini-los, precisamos entender o que é um “chamado” ou “ministério”. Hoje em dia, a palavra “ministério” adquiriu uma conotação um pouco mais “pomposa”, mais “formal”, fazendo com que muitos esquecessem seu significado original, primário. A palavra “ministério” denota a área ou cargo em que “ministramos”, ao passo que a palavra “ministrar” pode ser substituída simples e corretamente por “servir”. No dicionário, encontramos as seguintes definições:

 

Ministrar: Servir; oferecer; exercer uma função incumbida.

Ministério: Cargo ou ocupação em que se ministra.

 

Logo, “ministrar” equivale a “servir”, e “ministério” é a “ocupação em que servimos”.

 

Servir: Estar a serviço de algo ou alguém; ser servo ou criado de alguém; estar às ordens de alguém.

 

Ter um ministério equivale a ter um cargo no qual servimos a algo ou alguém, e no contexto em que estamos inseridos, ou seja, o contexto cristão, esse algo ou alguém é o Senhor. Se consultarmos os idiomas vernáculos das Escrituras, como o grego, chegaremos às mesmas conclusões, porém de uma forma até mais clara. Amiúde, a palavra traduzida como “servo” é uma tradução do termo grego “doulos” (e.g. Mt 20.27), e segundo o Dicionário do Novo Testamento Grego, esta palavra pode ser traduzida como “escravo”, “criado”, “sujeito ao serviço”, “reduzido à escravidão”, ou seja, quando Cristo nos chama de servos, está nos chamando de “escravos”, “criados sujeitos às Suas ordens”. Para alguns, isso pode ser algo ultrajante, humilhante, mas certamente esse raciocínio só pode ser engendrado por pessoas com um coração endurecido, afinal, sabendo que tudo o que Deus faz é bom e coopera para o nosso bem, certamente, servi-lO é uma grande honra e privilégio. Algumas pessoas têm orgulho de seus chefes, patrões, mas muitos crentes no Senhor se envergonham ou não aceitam ser considerados “servos de Deus”. Outros simplesmente acham o termo bonito, mas não o praticam. Certamente, o simples chamado a servir ao Senhor dos Senhores e Rei dos Reis é um privilégio infinitamente maior que o de servir a qualquer outra pessoa, e deve ser para nós, motivo de grande honra.

 

Nós, cristãos, somos servos do Senhor, e precisamos entender que servir não é a mesma coisa que “fazer algo que nos convém”, ou “fazer algo que nos interesse”, algo que “aceitemos e nos achemos no direito de cumprir ou desprezar”, mas sim uma posição de servir incondicionalmente ao Senhor, onde for, como for e quando for.  

 

 

Ter um ministério é ter um cargo onde exercemos os serviços e tarefas que o Senhor nos atribui, e que devem ser cumpridos, a despeito de nossa conveniência, nosso “estado de espírito”, nosso ânimo. Somos servos do Senhor, e isso deve ser visto como um prazer e uma honra, portanto devemos servi-lO com zelo, temor e alegria.

 

 

Essa ideia não é muito clara, tampouco bem-vinda nos nossos dias, afinal, o evangelho pregado hoje em dia é mais voltado para o bel prazer humano que para o Reino de Deus, e se tudo agora é voltado aos nossos interesses, é previsível que o “serviço incondicional” não se adequará a esse evangelho. É por isso que é tão raro vermos pessoas colocando-se à disposição do Reino como o Apóstolo Paulo, como um verdadeiro servo de Cristo, que dizia “esmurrar o próprio corpo” (1 Co 9.27) e estar disposto a sofrer o que for para cumprir a boa vontade do Senhor.

 

 

 

Como disse, entendo que todo cristão tem dois Chamados ou Ministérios a serviço do Senhor, e seguem abaixo as definições de cada um:

 

 

Chamado Geral: Chamado Geral é aquele chamado que todo cristão tem, a despeito de suas características, personalidade, preferências, gostos, aptidões. É o chamado que todo filho de Deus possui, e esse chamado compreende todas as funções a serem praticadas por um cristão, e podem ser consideradas funções inatas no novo homem, ou seja, quando aceitamos a Jesus e passamos a integrar Seu Reino como servos, já assumimos essas responsabilidades. Repito que estas são as funções que todo cristão deve exercer, não importando seu Chamado Específico. São funções como:

 

 

  1. Ser um servo (Mt 24.46; Mc 10.44; Jo 12.26);

  2. Ser um adorador (Jo 4.23);

  3. Orar por si mesmo, pelo próximo, pelos missionários, pelos inimigos... (Mt 5.44; Lc 22.40; 1Tm 2.1,2...)

  4. Pregar o Evangelho (Mc 16.15);

  5. Buscar a Deus (Jr 29.13);

  6. Jejuar (Mt 6.17);

  7. Etc...

 

 

Estas práticas devem ser exercidas por todo cristão, ou seja, todos nós devemos orar, buscar a Deus, interceder, adorar, pregar o Evangelho, servir a Deus e ao próximo, independentemente de nosso ministério específico, nossa personalidade, nossas preferências, nossas virtudes ou defeitos. Devemos fazer isso, pois estas práticas são parte fundamental da vida cristã, e todos devemos praticá-las.

 

 

Chamado Específico: Este chamado é diferente, pois se trata de algo específico dado por Deus a cada cristão, de acordo com o que Ele acha melhor, ou seja, Deus olha nosso perfil, nossas preferências, as habilidades que nos deu e de acordo com elas, nos encaixa num ministério específico, que não é comum a todos os demais, mas sim algo específico para nós. Não que seja exclusivo para mim ou para você, mas trata-se de algo que não é inclusivo a todo cristão. Com base em Efésios 4.11, vou citar alguns Chamados Específicos:

 

 

  1. Apóstolo

  2. Profeta

  3. Evangelista

  4. Pastor

  5. Mestre

 

 

Nem todos os filhos de Deus são profetas, nem todos são evangelistas, nem todos serão apóstolos, pois estes ministérios são específicos para cada cristão. Deus olha o perfil de cada filho Seu, e inclina o coração deles para este ministério mais adequado. É algo semelhante à concessão de dons. Em 1 Coríntios 12, lemos que o Espírito Santo capacita cada um com dons que lhe serão úteis para edificação da Igreja, ou seja, dará dons para uma pessoa conforme a maior utilidade e proveito, no contexto ou particularidades do ministério exercido por ela. O chamado específico também funciona assim. Se você é uma pessoa que ama estudar e obter novos conhecimentos, muito provavelmente Deus te usará como um mestre, que ensinará a Palavra a outros. Se você se sente incrivelmente compelido a pregar o Evangelho a todos que se achegam a você, é mais provável que Deus te use especificamente como um evangelista, e por aí vai. Neste assunto, gosto de fazer um paralelo com os dons. Perceba o seguinte:

 

  • Existem pessoas que têm dons de cura, não existem? Sim! Porém, Deus diz em Sua Palavra que todos devemos orar, e os enfermos serão curados!

 

  • Existem pessoas que têm o dom da fé, não existem? Sim! Porém, a Palavra nos diz que todos devemos ter fé, e orar!

 

 

 

Por quê? Porque Deus quer que todos nós pratiquemos e vivamos Sua Palavra, Seus Mandamentos, mas para alguns, Deus aquece mais o coração para que exerçam aquela determinada função com mais empenho, com mais freqüência, com mais preparo. Todos nós devemos orar por cura, mas uma pessoa que tem esse dom fará isso com mais fogo no coração, digamos. Não que os demais não façam com ardor, mas quem tem o dom de cura se sentirá mais compelido a orar pela cura, provavelmente com mais fé que uma pessoa que não tem esse dom. Na vida ministerial acontece algo parecido. Todos nós devemos fazer diversas coisas, mas alguns a farão com mais proficiência que outros, pois são chamados especificamente para aquilo, todavia não estão isentos das demais tarefas comuns a todos os cristãos. Uma pessoa que tem o ministério profético, por exemplo, não pode jamais dizer:

 

- Não vou pregar o Evangelho, pois isso é coisa de Evangelista!

 

 

Não! Pregar o Evangelho é tarefa para todos, porém, os que têm esse ministério específico farão isso com mais dedicação.

 

Como disse no início, vejo que muitas vezes ocorre um grande erro no tocante à vida ministerial de muitas pessoas, e considero vital abordarmos e compreendermos isto, para que não erremos ou sejamos omissos em coisas que não podem nem devem ser esquivadas.

 

 

O erro consiste em almejar demais um ministério futuro, e acabar se esquecendo do ministério que já temos,

ou seja, de todas as responsabilidades e funções já atribuídas a nós, desde que nos convertemos!

 

 

Por algum tempo, cai no erro de ambicionar tanto um Chamado Específico, almejando um cargo ou ocupação notável e importante, que esqueci (ou fingi esquecer) de praticar meu Chamado Geral, que normalmente é menos visível e honroso aos olhos humanos que o status de ser um “grande pregador” ou “missionário transcultural”, e vejo que muitos ainda incorrem neste erro, de olhar tão além, e acabar esquecendo de cumprir seu chamado no tempo presente. Vou dar alguns exemplos:

 

Há pessoas que dizem que seu futuro chamado é pastoral, mas hoje, não servem a igreja, não ajudam no que ela necessita, não se prontificam a auxiliar as ovelhas, ou seja, olham o possível Chamado Específico Futuro, mas ignoram o Chamado Geral Presente, como se no momento ela não tivesse que fazer nada a não ser aguardar as portas do pastorado se abrirem.

 

Outros querem ser grandes missionários, e almejam ir para a África ou para os confins da terra, mas não pregam o Evangelho onde estão, não participam de grupos missionários, de intercessão por missões, de trabalhos evangelísticos, ou seja, olham para o Chamado Específico que pode vir, mas não fazem nada neste momento, conforme aquilo que está em suas mãos, e que já foi determinado por Deus. Há pessoas que sentem um “chamado para a Índia”, e assim, recusam-se a fazer algo que não se relacione com aquela nação. Não fazem nada enquanto não pisam ali, justificando-se que seu chamado é para com os indianos.

 

Algumas pessoas sonham em trabalhar integralmente como músicos, ministros de louvor, mas se recusam a servir em outras áreas, pois vislumbram apenas o ministério tão sonhado de rodar o mundo ministrando louvor. Dizem:

 

- Não! Não vou me comprometer com outra tarefa, pois meu chamado é para outra coisa.

 

 

São indivíduos que podem estar com a vida travada, pois olham tanto para o futuro, que esquecem que o maior chamado delas é servir, e não apenas no futuro, mas servir hoje, amanhã, depois de amanhã, e no mês que vêm...

 

 

Se Deus nos promete algo, não devemos esperar a concretização dessa promessa sentados, mas sim trabalhando.

Temos que aguardar a realização de Sua Palavra servindo!

 

 

 

Às vezes vemos pessoas totalmente acomodadas, que não servem para nada (literalmente), e quando conversamos com elas, descobrimos que elas julgam ter um “chamado para missões”, ou um “chamado para ministrar louvor na Europa”, ou um “chamado para ser pastor de multidões”, mas não fazem absolutamente nada pelo Reino de Deus enquanto não estiverem noutro país, num palco ou com um microfone na mão, e isso é uma grande incoerência no Reino de Deus! Algumas pessoas sentem que têm chamados para a arte (música, dança, teatro...), por exemplo, e inclusive já receberam profecias a respeito de seu futuro chamado, mas esperam tão ardentemente essa convocação, que se recusam a empreender outra obra de serviço, pois acham que “não tem a ver” com o chamado dela, olvidando-se de seu chamado geral, que independente de qualquer coisa, é o de ser um servo do Senhor. Com isso, muitos acabam visualizando o que sonham, mas não atentando ao que vivem. Planejam o futuro, mas não trabalham no presente, esquecendo-se que, a despeito de qualquer chamado ou ministério, o cargo que o Senhor Jesus nos atribuiu é o de sermos servos. Todavia, muitos não pensam em servir agora, mas sim quando estiverem em outra nação ou em outra igreja, caindo no erro de serem infiéis no pouco, esperando que sejam colocados sobre o muito.

 

Imagine-se como um chefe, e raciocine o seguinte:

 

 

- Fulano quer ser um missionário, mas não serve a igreja, não ajuda os pastores, não se preocupa com as ovelhas, não se prepara em sabedoria e conhecimento, não vai à igreja, não demonstra disposição em servir e não freqüenta orações por missionários! É óbvio que não o contratarei como “missionário”! Sua vida demonstra que ele não se preocupa com aquilo que diz sonhar, não busca capacitação, e tão somente quer algo grandioso, recusando-se a fazer o que já pode fazer onde está!

 

 

Embora eu não seja Deus, e Seus planos e pensamentos sejam infinitamente maiores que os meus, imagino que esse seja um raciocínio válido, pois não é coerente usar uma pessoa folgada, relaxada, para uma obra tão honrosa como a de servir ao Senhor em uma área específica. (Jr. 48.10)

 

 

  • Como alguém pode querer ser um missionário transcultural que salvará vidas pela pregação do Evangelho, se, onde está, é negligente e ignora o clamor do seu próximo, que ruma ao inferno a passos largos?

 

  • Como alguém pode ambicionar ser um “ceifeiro”, se, onde está, não prega o Evangelho para ninguém, não participa de nenhum grupo de evangelismo, não frequenta nenhum grupo de intercessão por trabalhadores do Reino, que morrem ao redor do mundo sem um auxílio e amparo espiritual?

 

  • Como alguém pode pretender ser um pastor, que terá uma igreja e que cuidará de suas ovelhas, se atualmente, não demonstra nenhum zelo pela Casa do Senhor, não manifesta nenhuma simpatia, empatia ou preocupação com as ovelhas que o ladeiam, não dá a mínima em ter compromisso com ministérios, ignora a questão da submissão e sequer freqüenta regularmente os cultos de uma igreja?

 

  • Como alguém pode desejar ser um “grande” profeta, se não paga o preço em oração, em busca por dons, mortificação da sua carne para ouvir a voz do Senhor, não ora nem jejua, tampouco se santifica?

 

 

O que quero neste artigo é mostrar que há coisas que faremos quando iniciarmos nosso Chamado Específico, mas há muitas outras coisas que devemos fazer sempre, independente de nosso ministério, e além de adorar e buscar a Deus, quero salientar a função de ser um servo! O próprio Cristo já nos disse que Ele mesmo veio para servir (Mc 10.45), e como todos nós fomos predestinados a ser como Ele (Rm 8.29), também devemos ser servos, e trabalhar em função do Reino de Deus, da edificação da Igreja, da expansão do Evangelho. Servir é uma tarefa de todo cristão! Estamos neste mundo para servir, e repito que servir não é algo que podemos escolher ou renunciar. Não é optativo. Se você não quer servir, deixa de ser um servo de Cristo, e se deixa de ser um servo de Cristo, deixa de ser um cristão! (Jo 12.26) É comum vermos pessoas que só ajudam quando “estão a fim”, quando “estão dispostas”, mas isso é algo bem distante do sentido real de servir.

 

Se você é do tipo que aceita de bom grado convites para ministrar em grandes igrejas, ou em cultos de jovens lotados, sem pestanejar, mas se recusa a ajudar numa singela vigília, que tanto necessita de um ministro de louvor, você não está sendo um servo, mas sim um mero promotor de si mesmo! Se você atende prontamente um convite para ministrar no congresso de uma igreja grande e famosa, mas ignora convites menores, aparentemente “menos importantes”, usando subterfúgios como:

 

 

- Não vai dar, pois terei ter que trabalhar na segunda-feira.

- Eu até iria, mas tive que trabalhar essa semana inteira e estou exausto e com sono!

- Eu não gosto de ministrar em vigília!

- Não estou a fim de fazer evangelismo de rua, não!

 

 

Na verdade, a disposição em seu coração não está voltada para servir incondicionalmente ao Senhor, e ao Seu Reino (que inclui a Igreja, Corpo de Cristo), mas simplesmente de tocar, ou fazer algo humanamente mais glorificante, e isso demonstra que seu cristianismo está com um sério defeito, afinal, servir é uma incumbência do cristão!

 

Servir é uma grande comissão dada à noiva de Cristo, mas muitas vezes, torna-se a grande omissão dela!

 

 

Precisamos aprender a cumprir esse fundamento cristão, e orar para que sempre tenhamos isso muito bem definido: Estamos aqui para servir e trabalhar, e por estranho que possa parecer, serão nessas horas que mais nos alegraremos, pois teremos a oportunidade de mostrar a Deus o quanto O amamos, e o quanto queremos servi-lO, a despeito de nossa vontade, disposição ou recompensas. Serão nessas oportunidades que mostraremos ao Senhor o quanto nos sentimos honrados em servi-lO onde, como e quando for, muito embora Ele, que é o conhecedor de todos os corações, já saiba muito bem disso tudo.

 

 

É interessante pensar que muitos se sentem inúteis, por desconhecerem o chamado de Deus para eles, e a convicção de que temos um chamado permanente para servir tirará boa parte desta preocupação. Por quê?

 

Porque enquanto Deus não revela nosso futuro ministerial, podemos tranquilamente trabalhar com o ministério que Ele já nos deu, e sentir-nos úteis por isso! Se alguém te perguntar “- qual é o seu ministério” e você ainda não tiver muita clareza nisso, poderá simplesmente dizer que “- seu atual ministério é servir ao Senhor!”, e no tempo certo, Deus te revelará, ou simplesmente guiará seus pés para o que Ele tem para você! É tão ruim ver pessoas se descabelando por estarem envelhecendo sem a convicção de qual é o seu chamado, mas quando entenderem a Palavra de Deus, verão que só o que precisam é servir ao Senhor, e se disporem para o que Ele quiser, como fez Isaías, ao dizer “eis-me aqui”, enquanto Deus não abre as portas para o que Ele tem de específico para sua vida! O problema é que muitos dizem “eis-me aqui”, mas quando são solicitados para alguma tarefa, dizem “eis-me ali”!

 

Por alguns anos, me preocupei com isso! Via o tempo passar, e me via sem saber onde Deus me queria, até que percebi que minha função é obedecer, e não tentar prever o futuro! Se estivermos servindo no “pouco”, certamente Deus nos guiará ao “muito”. É claro que podemos orar, e pedir uma direção a Deus, mas isso não será mais uma preocupação, um peso para nós, afinal, estaremos exercendo bem o que já sabemos que Deus quer de nós. O que Ele ainda não nos revelou, não é nossa função descobrir, mas apenas orar pra que o Senhor guie nossos pés pra que tudo aconteça, do modo perfeito. Do modo d’Ele!

 

Alguns já podem ter um ministério específico, ter alcançado seus sonhos ministeriais, e isso é muito bom, mas nunca se esqueça que se você não está servindo de alguma forma, mas apenas se autorrealizando, está marginalizando uma das grandes lições cristãs deixada pelo Mestre: Servir! Custe o que custar, como Jesus, que o fez até à morte!

 

Que eu e você possamos ser servos! Não apenas almejar algo grandioso, mas servir a Deus também nas pequenas coisas, naquilo que está ao nosso alcance, e que muitas vezes está fora do alcance dos olhares dos demais. Que sejamos servos, para sermos parecidos com o modelo que Cristo nos deixou. Que nosso desejo por um Ministério Específico Futuro não solape o Chamado Geral Presente, e que deve ser cumprido no tempo que se chama hoje!

 

 

Que Deus abençoe a todos nós, honrados servos de Cristo.

 

 

 

Eduardo Feldberg

www.eduardofeldberg.com.br

bottom of page